Dicas simples para ter um cão de forma mais sustentável

Para quem tem cães, estes são uma parte importante da nossa vida e, se estivermos conscientes para os problemas ambientais que atravessamos, é natural que queiramos implementar algumas estratégias para tornar os nossos patudos em mais uns aliados da sustentabilidade ambiental


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Cá em casa adotámos o Mufasa há 6 meses (estimam que ele tenha cerca de 5 anos), e temos tentado aprender o que podemos fazer para que o impacto ambiental do nosso novo membro da família seja reduzido. Tem sido uma aprendizagem constante, e hoje partilho algumas dicas que já implementamos.

1. adotar vs comprar

Adotar em vez de comprar é, sobretudo, uma forma de podermos dar um novo lar a um animal abandonado, que possivelmente já passou por situações difíceis. Para além disso, tem também vantagens ambientais: se adotarmos um animal que já nasceu, não estamos a necessitar que haja a criação de animais exclusivamente para adoção, que pressupõe sempre uma utilização extra de recursos (alimentação, água, energia, etc).

Claro que escolher um animal criado, de uma raça específica, pode ter algumas vantagens, como a maior previsibilidade da sua personalidade, porte, tipo de pêlo, etc. Tenho família e amigos que escolheram comprar animais e não quero de todo condenar quem o faça mas, se estiverem na dúvida, pode valer mais a pena adotar :)

2. A alimentação

A alimentação é um dos pilares que têm um maior peso no orçamento para a adoção de um animal e, claro, esse fator também vai ter impacto na escolha da ração.

Um truque muito simples (que também nos pode ajudar a poupar), é comprar as rações em embalagens maiores, o que faz com que o rácio da quantidade de material de embalamento vs quantidade de alimento seja inferior (o que significa menos descartáveis no final). Para além disso, procurar embalagens recicláveis também é um bom princípio.

Apesar de uma alimentação mais à base de plantas ser um dos pontos importantes de um estilo de vida mais sustentável, no caso das rações, se estas forem feitas com sub-produtos da indústria da carne, então não estamos a estimular a produção de gado. Também podemos escolher rações com peixe, que é uma proteína com pegadas hídrica e carbónica geralmente bastante inferiores à carne. Hoje em dia fala-se também já em rações vegan, ou à base de insetos, mas esse é um tema sobre o qual ainda me quero informar melhor (nomeadamente com o veterinário).

Relativamente aos biscoitos, existem já várias lojas que os vendem a granel.

3. Os cocós

Primeira regra: tentar apanhar sempre em zonas em que exista uma grande afluência de cães, mesmo que seja no meio da terra. A constante “fertilização” da mesma área de solo com fezes e urina pode fazer com que se atinjam valores de concentração de fósforo e nitrogénio acima do recomendado.

Para apanhar os cocós, se já tiverem aí por casa materiais reutilizados que consigam utilizar (sacos de compras de fruta, panfletos, etc), estes podem ser uma opção, uma vez que não estarão a consumir novos recursos para esta utilização tão breve. Outra alternativa, são os sacos feitos com plástico reciclado. Costumo comprar uns na loja Cultivating Futures. Podem encontrá-los aqui e usar o código PLANTACHOICE10 para 10% de desconto.

4. As caminhas

Se já tiverem uma, utilizem-na até não dar mais (por aqui o Mufasa vai tentando “destruí-la” a brincar, mas ainda não conseguiu); se estiverem a precisar de uma, faz sentido tentar ver se alguém próximo tem alguma de que já não necessite. Se não for esse o caso, uma boa ideia também pode ser tentar fazer uma a partir de restos de tecido. Foi assim que fiz cá em casa: tinha uns retalhos de tecido e cosi a caminha a partir de um tutorial que encontrei no Youtube. Mas mesmo que não saibam coser, podem ver com algum(a) costureiro(a) para fazer a caminha, e procurar retalhos de tecido em lojas da especialidade (costuma ser fácil encontrar).

5. Os brinquedos

Como em tantas outras coisa, diria que aqui, geralmente, a melhor regra é “menos é mais”. Uma quantidade limitada de brinquedos pode ser suficiente para manter os nossos cães entretidos e estimulados, se também conseguirmos dedicar algum tempo para brincar com eles diariamente.

Já existem várias lojas que vendem brinquedos feitos a partir de materiais reciclados, e brinquedos sem plástico, o que faz com que não haja a possibilidade de libertação de microplásticos.

Para além disso, com pedaços de tecidos que não desfiem muito (ou mesmo com mantas que não estejam a ser usadas), também podemos fazer brinquedos muito simples.

6. Os banhos

Tal como para os humanos, também já existem champôs sólidos para cães, que podem ser uma opção. Outro fator importante a considerar é a biodegrabilidade dos ingredientes. Podem encontrar champô sólido na loja da Cultivating Futures e com o código PLANTACHOICE10 ter 10% de desconto em todo o site.


Espero ter ajudado com este artigo! Até à próxima :)

Rita TapadinhasComentário