7 razões que me fizeram deixar a fast fashion

A fast fashion veio democratizar o acesso à moda nos países do norte global, tanto ao nível dos preços praticados, como também na variedade e frequência com que novos designs são lançados. Mas a que custo?


Lembro-me de, há uns anos, me sentir contente por encontrar peças de roupa a preços irrisórios, que me permitiam trazer novas peças para o meu guarda-roupa, sem grande investimento. Na altura, não me questionava como é que era possível que aqueles valores estivessem a ser praticados mas, quando comecei a estar mais atenta ao tema da sustentabilidade, percebi que estes preços só podem existir quando há grandes custos sociais e ambientais que não estão a ser pagos.

Assim, reuni 10 factos sobre a indústria da moda que me fizeram deixar a compra de peças novas de fast fashion de lado, e optar mais pela segunda mão e marcas conscientes.

1 | A indústria da moda está associada a cerca de 2 a 8% das emissões a nível global (fonte: ONU)


2 | São produzidas 100 mil milhões de novas peças de roupa por ano (fonte: Clean Clothes Campaign)

Isto equivale a uma média de 14 peças por pessoa - mas há quem não tenha o que vestir.


3 | Um novo par de jeans, produzido com métodos convencionais, pode requerer cerca de 7.500 litros de água na sua produção (fonte: ONU)

Assumindo que uma pessoa bebe 2 litros de água por dia, esta quantidade é suficiente para a manter hidratada durante 10 anos.


4 | 20% da poluição industrial de água é atribuída à indústria da moda (fonte: McKinsey & Company)

Uma das fontes desta poluição são, por exemplo, os processos de tingimento.


5 | 20-35% do fluxo de microplásticos para o oceano é atribuído à indústria da moda (fonte: McKinsey & Company)


6 | 11% da utilização de pesticidas e 24% da utilização de inseticidas, a nível global, são atribuídos à indústria da moda (fonte: ONU)


7 | Existem cerca de 60 milhões de trabalhadores na indústria da moda, muitos dos quais trabalham em condições perigosas, horários longos e salários que não cobrem os custos básicos de vida (fonte: World Economic Forum)

Rita TapadinhasComentário